O músico cristão e a música mundana
Defendendo-se, alguns dizem que são profissionais e que trabalham com a música secular porque o mercado de trabalho para o músico cristão, no meio evangélico, é escasso. Isso é verdade; até porque a profissão de músico evangélico não é mercado de trabalho aberto, ou seja, é profissão muito restrita, onde a relação procura e oferta, é brutalmente desproporcional. Possivelmente é mais de 50/1.
Ora, assim também era na congregação dos israelitas, onde apenas quatro mil músicos profissionais (1 Cr 23. 5) foram convocados para trabalhar como músicos. Observe-se que entre os restantes 34 mil levitas convocados por Davi e entre os mais de 3 milhões de hebreus que compunham a população de Israel, existiam outros milhares de músicos, que não tiveram espaço para trabalhar no templo.
Nem por isso ficaram sem trabalhar em outra profissão, nem deixaram de cantar ou tocar seus instrumentos para louvar a Deus. Assim também, milhares de músicos cristãos não terão lugar para trabalhar no meio evangélico, e necessariamente terão que procurar outra profissão para sobreviver.
Na música secular, por outro lado, o problema é o mesmo. Segundo o Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo, a situação do músico profissional, que nunca foi boa, atualmente é caótica.
Devido o surgimento da música eletrônica computadorizada, dos salões de dança com música eletrônica, e a proliferação dos estúdios digitais de gravação profissionais e amadores, estima-se que dos 40 mil músicos profissionais do Estado, incluindo-se os 20 mil inscritos na Ordem dos Músicos, mais de 60% já mudaram de profissão, e dos que ficaram, mais de 30% estão fazendo bico em outras atividades.
Charles Gounod,