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Direitos humanos, educação e interculturalidade: as tensões entre igualdade e diferença

O mundo vive tempo de grandes mudanças. Diferentes intelectuais se dedicam a analisar esta problemática. Uma questão que ocupa muito espaço nas discussões é da igualdade e dos direitos humanos em um mundo globalizado e também as questões da diferença e do multiculturalismo.
O Programa das Nações Unidas lançou recentemente um Relatório do
Desenvolvimento Humano, intitulado Liberdade Cultural num mundo diversificado que associa as questões relativas ao desenvolvimento ás culturas. O relatório mostra a ascensão de politicas de identidade, onde os povos exigem cada vez mais respeito, justiça social, mais voz politica.
A questões relativas á justiça, superação de desigualdades, democratização de oportunidades são ampliados a cada dia e afirma-se também a importância dos direitos coletivos, culturais e ambientais.
Pode se afirmar que os direitos humanos são uma construção da modernidade e que estão relacionados com os processos e os valores político ideológicos. Questiona alguns autores se esta construção está em sintonia com este mundo pós-modernidade.
Mas para a autora em estudo, é possível afirmar que toda a matriz da modernidade enfatizou a questão da igualdade de todos os seres humanos, independente da opção sexual, raça, nacionalidade. Mas para ela, o centro do discurso deslocou, quando se coloca mais em evidencia o tema da diferença. Segundo o professor Antonio Flavio Pierucci (1999, p.7), citado por Vera Maria Candau (2008, p.47), nós seres humanos somos diferentes de fato, mas também de direito. É o chamado direito á diferença.
Até recentemente, nossas lutas tinham como referencia a afirmação da igualdade, atualmente, a diferença transformou-se num direito de afirmar a diferença.
A importância dos direitos humanos é discurso dos Planos Nacionais e
Internacionais, no entanto, as violações multiplicam-se, apesar dos esforços sistemáticos. Outra discussão dentro dos