O mundo global visto do lado de cá
A entrevista de Milton Santos, que deu origem ao documentário, tem sob tema a Globalização. E ele é muito enfático ao criticar o modelo de globalização vigente, que ele mesmo intitula de perversa. Perversa porque não gera um “intercâmbio” justo e/ou igualitário, e isso dá-se em função do capitalismo, que objetiva simplesmente o lucro e não mede esforços pra isso.
Vivemos um processo de homogeneização das sociedades, costumes e comidas cada vez menos diversificadas e mais disseminadas pelos detentores de poder e capital, moldando-a na famigerada Sociedade de Consumo. Esse é o Mundo como ele é, humanos dominando outros humanos, estabelecendo em sua realidade uma nova atividade, o consumismo. Ensinam que o consumo é necessário para ser aceito em seu meio, lançam moda e te fazem acreditar que aquilo é realmente importante para você. Eu não concordo com esse modelo.
Pessoas e instituições detentores de poder e capital tentam te vender a história de que o mundo é perfeito, e que quando ocorre algum “defeito” a culpa é principalmente daqueles que não acreditam neles e no sistema capitalista. Nos enganam com propagandas que mostram bens de consumo produzidos na maioria das vezes por trabalhadores mal assalariados, dizem que tem responsabilidade social e ambiental, com a comunidade e com seus funcionários e por tudo isso, aquele bem de consumo passa a ser de extrema importância, nem sempre necessidade. Nos mostram um mundo onde quase ninguém passa fome, onde a grande massa da população diz-se feliz, satisfeita e graças ao sistema saíram da zona de pobreza e/ou miséria. Basta ler com um pouco mais de crítica, que é de fácil percepção que o Mundo que nos querem fazer acreditar não é real, não existe e pelo andar não vai