o movimento marxisista
O desenvolvimento econômico, antes de ameaçar o sistema capitalista, o legitima, ampliando o grau de liberdade de seus gestores na costura de acordos, alguns sólidos, outros mais frágeis, entre os diferentes agentes sociais. A luta de classes aguça, afrouxa, recrudesce e se volatiliza numa arena que é tão maior, e portanto, permite movimentos menos circunscritos, quanto mais intenso é o grau de desenvolvimento da produção. Os limites do sistema são alargados constantemente. A liberdade de ação sofre constrangimento do ciclo econômico, mas as crises recorrentes, pelo menos até agora, não tem sido capazes de romper o que parece ser o mau infinito da acumulação capitalista. ( Pag. 02 )
Marx corretamente previu que o capitalismo destruiria até as muralhas da China, obrigando todos os povos periféricos ao sistema a adotarem, sob pena de perecimento, o modo burguês de produção. O sistema de produção capitalista ia mostrando sua força avassaladora, sua capacidade de submeter toda sociedade a seus ditames.( Pag. 03 )
Poucas áreas do conhecimento alimentaram tanta discussão conceitual quanto às teorias de classes, desenvolvidas ao longo do século XX. Os burocratas, estatais e privados, foram acusados de compor uma nova classe dominante. Assim se passou também com os gerentes, os trabalhadores qualificados e os intelectuais. Criaram-se novos conceitos: White collar, trabalhador em escritório, nova