O movimento estudantil nos primórdios da ufal e a rua
5/09/2011 09:50:00 AM Mário Augusto No comments
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Turma da Faculdade
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O MOVIMENTO ESTUDANTIL NOS PRIMÓRDIOS DA UFAL
Agatângelo Vasconcelos (*)
Quando a Universidade Federal de Alagoas foi criada no dia 26 de janeiro de 1961, havia no Brasil e em particular em nosso estado, um intenso e representativo Movimento Estudantil com o qual a recém-criada instituição conviveu e interagiu. A União Estadual dos Estudantes de Alagoas (UEEA), ligada à União Nacional dos Estudantes (UNE), congregava as aspirações dos estudantes universitários, enquanto a União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (UESA), vinculada à União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), o fazia quanto aos que ainda não haviam alcançado o Ensino Superior, mas não existia interação significativa entre as duas entidades. A UNE, após algumas administrações definidas como direitistas, tinha como presidente Aldo Arantes, integrante da Ação Popular (AP), movimento surgido em 1962 ao definir a sua linha política e estabelecer-se como uma dissidência da Juventude Universitária Católica (JUC) em relação à hierarquia da Igreja Católica, tida como demasiado conservadora pelos líderes estudantis. Jacob Gorender assim esclarece o aparecimento da AP: “O surgimento da AP decorreu, simultaneamente, das mudanças na Igreja Católica a partir do pontificado de João XXIII e do aprofundamento da luta de classes no Brasil. Para os seus membros politizados, a Juventude Universitária Católica se mostrava já demasiado estreita, dada a vinculação oficial à Igreja (...). Em 1963 a AP aprovou o documento - base que explicitou sua definição pelo socialismo (...) buscando apoios doutrinários nos pensadores católicos (...) um socialismo humanista”. Nesta linha, lia-se Teilhard de Chardin (“O Homem em Teilhard de Chardin", de Paul Chauchard), Lebret (“Manifesto por uma Civilização Solidária”) e o gurú nacional, o Padre Henrique Vaz (“Reflexão sobre a Ação e