O MOVIMENTO DAS DIRETAS JÁ
O MOVIMENTO DAS DIRETAS JÁ
O dia 16 de abril de 1984 foi histórico para o Brasil. Nesta data, 1,3 milhões de pessoas se reuniam na Praça da Sé, em São Paulo, pedindo por eleições democráticas. Aliás, durante todo aquele ano, cidadãos de todas as partes do país se mobilizavam a favor das eleições presidenciais para a Presidência da República. Todas essas agitações fizeram parte do movimento das Diretas Já, iniciado em 1983, durante o governo de João Batista Figueiredo. Grande partidos da época, como o PMDB e o PDS, anunciaram seu apoio às atividades e, em pouco tempo, a população brasileira ia às ruas exigir a volta das eleições diretas.
Hoje, vamos falar um pouco sobre esse grande movimento político que mudou a história do Brasil.
O PROCESSO DE ABERTURA POLÍTICA
O primeiro passo para a campanha das Diretas Já foi dado pela insatisfação popular e da elite política do Brasil com o regime militar. Dessa forma, temos um contexto interessante. O povo brasileiro não tinha eleições diretas desde 1960 quando elegeu Jânio Quadros. Desde então, o regime militar instaurou políticas de repressão e de censura aos cidadãos.
A política militar não estava mais dando certo e, em 1979, o processo de abertura começou a aparecer. Por conta dos altos índices de inflação, desemprego e da dívida externa, o governo ditatorial foi obrigado a garantir o retorno de algumas liberdades a favor da democracia. Aqui podemos usar como exemplo, a reforma política que deu permissão à criação de novos partidos políticos, em substituição ao sistema bipartidário.
Novas ideias fervilhavam no cenário político do Brasil e novos partidos eram fundados, marcando o início de um processo de fragmentação político-partidário, bem parecido com os moldes que temos hoje. Esse pequenos partidos disputaram, em 1982, as eleições para os governos estaduais e demais cargos legislativos. Mediante esse novo quadro, membros de oposição da Câmara dos Deputados tentaram