Movimentos Sociais no Brasil: “Diretas Já”

Pelas regras do regime militar a eleição seria indireta. Só poderiam votar os políticos que integravam o Colégio Eleitoral. Esse sistema não agradava por grandes incoerências, como São Paulo e Sergipe possuírem o mesmo número de representantes, apesar das respectivas populações com uma enorme.
O movimento tem sua origem com o deputado Dante de Oliveria, do PMDB, propondo a emenda constitucional que restabelecia as eleições diretas para presidente. Em seguida membros do PMDB, PT e PDT que passaram a organizar grandes comícios onde a população se colocava em favor da escolha direta. Com a repercussão tomada nos meios de comunicação, essa s manifestações se transformaram no movimento das “Diretas Já!”.
Como motivações além de poder eleger um representante, a eleição direta sinalizava mudanças também econômicas e sociais
Os protestantes atuavam através de comícios onde figuras perseguidas pela ditadura militar, membros da classe artística, intelectuais e representantes de outros movimentos militavam pela aprovação do projeto de lei. Em janeiro de 1984, cerca de 300.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São Paulo. Três meses depois, um milhão de cidadãos tomou o Rio de Janeiro. Algumas semanas depois, cerca de 1,7 milhões de pessoas se mobilizaram em São Paulo.
No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição direta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar a votação dentro do plenário. Para que a proposta fosse aprovada, era necessário 320 votos a favor, e apesar da pressão, oram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados não compareceram), isto é, o objetivo não foi alcançado.
As eleições diretas para presidente do Brasil só ocorreriam em 1989, após ser estabelecida na Constituição de 1988, e apesar de acontecer cinco anos após o movimento, foi a principal conquista do mesmo.
Apesar de seu objetivo não ter sido atingido imediatamente, acredito que foi extremamente