O Movimento Civil
O golpe aplicado pelo AI-1 se transformou em uma autentica revolução. Apesar das provas que eram contrárias a opinião pública, foi considerada única. “A revolução se distingue de outros movimentos armados pelo fato de que nela se traduz não o interesse e a vontade de um grupo, mas o interesse e a vontade da Nação”.
A premissa do autoritarismo já havia sido anunciada, a revolução forjada em papel já adquiria o status de soberana e as Forças Armadas no Poder, representavam o povo. Os novos representantes tinham como meta a reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil. Isso era só o começo da ditadura militar.
O V Fórum Universitário
A ditadura civil-militar não titubeou em mostrar seus propósitos no que dizia respeito aos assuntos relacionados a educação. Uma das manifestações iniciais ocorreu no V Fórum Universitário, realizado em outubro de 1964, poucos meses após o golpe.
O ministério da educação e cultura, publicou em 1964 uma pequena obra com o título: “A universidade e a revolução nacional”. Junto com ele foram pronunciados três discursos no transcorrer do Fórum que foram considerados a “expressão do pensamento do Governo, sobre o problema da Universidade e suas implicâncias no desenvolvimento econômico, na paz social e no futuro da nacionalidade”.
Os autores dos discursos forram: o professor Flávio Suplicy de Lacerda, ministro da educação e cultura; o professor Raymundo Moniz de Aragão, diretor do Ensino Superior e o Presidente da República Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que encerrou o evento.
A farsa estava sendo montada. O título da obra em questão contribuía para que ela se instalasse entre os intelectuais, ao relacionar a universidade com a revolução nacional. Os professores também já falavam junto e pelo governo.
As relações que a ditadura civil-militar estava estabelecendo com os intelectuais, instituições de ensino superior,