O MODAL DUTOVIÁRIO
Mineroduto causaria impacto ambiental menor do que rodovia
Os minerodutos ainda seriam a tecnologia de menor impacto ambiental para o transporte de minério, conforme análises de representantes do Ibama e da mineradora Samarco convidados para audiência pública sobre o tema nesta quinta-feira. Contudo, o deputado
Délio Malheiros (PV), que solicitou o debate na Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas, citou relatório de ambientalista para alertar que a implantação de minerodutos pela empresa Ferrous na região de Ponte Nova e Rio Casca (Mata) pode estar provocando a terraplanagem de áreas maiores do que aquelas que seriam necessárias para o transporte por estradas. Além disso, haveria problemas de erosões de grandes proporções e de consumo indiscriminado de água, usado nos minerodutos.
"Precisamos saber como serão as medidas compensatórias nesses casos, como de fato ocorre o transporte nesse mineroduto e se haverá reaproveitamento da água usada nesse transporte", defendeu o parlamentar. Ele disse que a Ferrous deve fornecer informações à comissão sobre os questionamentos e que o Ministério Público Federal deve ser acionado para analisar eventuais danos provocados pela expansão de minerodutos em Minas, especialmente quanto à utilização indiscriminada de água.
O superintendente do Ibama, Alison José Coutinho, disse que seria destinada uma equipe técnica para averiguar o empreendimento da Ferrous citado pelo deputado, que liga Minas
Gerais ao Rio de Janeiro por mineroduto. Explicando como se dá o processo de licenciamento de um mineroduto, ele informou que o Ibama, enquanto órgão federal, tem a competência de licenciar empreendimentos cujo impacto direto ultrapasse os limites de um Estado. "Mas diversas etapas do licenciamento ambiental têm a participação popular da sociedade em audiências públicas e os Estados são ouvidos", ponderou.
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