O MITO BANDEIRANTE NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA

O MITO BANDEIRANTE NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA

Fernanda Leal de Magalhães
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Professor Orientador: Thiago David Stadler 2

RESUMO Este artigo procura analisar a construção da identidade nacional brasileira espelhada na figura do paulista bandeirante. Os períodos evidenciados na análise dos bandeirantes ou de manipulação da imagem do bandeirante para fins políticos podem ser divididos em dois. Analisa-se aqui esses dois momentos da historiografia brasileira em que se torna visível nas obras de cinco autores a idealização de uma identidade brasileira baseada nas características do desbravador paulista. Nosso objetivo principal é dialogar com essas obras, analisando o processo da construção do mito bandeirante nelas contido. O primeiro recorte temporal é o século XVIII, período em que o Frei Gaspar de Madre de Deus e Pedro Taques de Almeida Paes Leme escreveram sobre seus antepassados, não deixando, é claro, de enaltecer suas importantes funções de ocupar o interior da nova colônia, perante a coroa portuguesa. O segundo momento escolhido para análise, foi o século XX e seus autores; Alfredo Ellis Junior, Afonso d’ Escragnolle e Alcântara Machado. Fez-se essa análise baseando-se no importante trabalho de Kátia Maria Abud: “O sangue intimorato e as nobilíssimas tradições: a construção de um símbolo paulista – o bandeirante". Tese de doutorado apresentado a F.F.L.C.H. da Universidade de São Paulo, 1985. Foram várias indagações que inicialmente nos incomodaram como, qual o papel da mulher nas bandeiras? Havia um método de ensino desenvolvido entre esses grupos? Já que não se pode dizer em linearidade quando se refere as relações humanas, qual seria a relação sertanejo e ameríndio? E assim por diante, mas ativemo-nos a análise da construção da identidade nacional com grande contribuição bandeirante. PALAVRAS CHAVE: Identidade nacional, bandeirante, sertanejo, São Paulo Colonial e Brasil