O mito além das palavras
Artigo elaborado por Heloisa Perpétuo Gonçalves e apresentado ao curso de Psicologia, da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, do Centro Universitário Newton Paiva, na disciplina Filosofia I, sob orientação da professora Rosângela Gontijo.
Resumo
O presente artigo tem como objetivo relacionar as idéias de Vera Kohn, doutora em psicologia, com os textos dos autores Marcelo P. Marques e Aniela Jaffé, onde a conceituação do mito é contestada. É trabalhada também a idéia da divisão da realidade humana em psíquica e concreta. E com isso é feito uma relação do mito com estas realidades.
Palavras chaves
Mito – Conceito – Realidade
Hoje vivemos em uma busca constante pelo conhecimento, o que nos leva a racionalizar o mundo em todos os seus aspectos. Com isso, alguns fatores abstratos vêm se perdendo na perspectiva humana, que esta cada vez mais ligada a conceitos, a verdades poupáveis. Isto pode ser explicado se considerarmos nossa sociedade materialista.
O mito, por exemplo, tende cada vez mais pelo vivenciável, perdendo sua representação indecifrável.
Esta é uma das idéias que Marques (1994) apresenta em sua obra, mostrando como o homem busca a materialização do mito através de concepções sólidas. O autor argumenta que quanto maior é o conhecimento que possuímos, maior também será esta necessidade de conceitos, devido à relação que o homem faz de sabedoria somente com o que é conceituável, ignorando fatores que vão além de simples palavras.
Marques também defende que a filosofia busca através de um discurso argumentativo e demonstrativo diluir a experiência em linguagem conceitual. Mas não restringido somente ao conceito, buscando também a verdade mítica e metafórica.
E importante ressaltar o papel da filosofia neste dilema. Ela está exatamente entre as duas idéias do mítico e do conceito. Segundo Marques, funcionando assim como uma ligação (sempre falha e refeita) entre estes dois opostos.
A obra