O MINISTRO QUE CONVERSAVA: JOÃO GOULART NO MINISTÉRIO DO TRABALHO
O ministro que conversava: João Goulart no Ministério do Trabalho
O texto inicia relatando o ano de 1953, um período extremamente conflituoso, de manifestações, greves, dura oposição, hostilidade por parte da imprensaao governo de Getúlio Vargas que buscava uma estratégia de conciliação objetivando sempre por estabilidade política, porém sem êxito. O Brasil passava por uma séria crise econômica, sem reservas, com queda na principal receita de exportação e inflação num ritmo galopante. Num contexto extremamente negativo. A eleição de Vargas representou em termos nacionais uma formalidade política cada vez mais antagônica o Projeto Liberal e o Projeto Nacional Desenvolvimentista e em termos econômicos a vitória eleitoral de Getúlio representou a ascensão do Projeto Nacional Desenvolvimentista.
O autor Jorge Ferreira aponta João Goulart como um herdeiro de Getúlio Vargas, um representante da herança getulista uma forma de perpetuar a aliança com o operário. A escolha de João Goulart em 1953 é feita em meio a uma grande crise nacional e uma crise dentro do partido devido à desconfiança em relação ao seu perfil, a sua personalidade, apesar da desconfiança quando Goulart foi convocado a assumir a pasta do Ministério do Trabalho é exatamente para utilizar de sua grande capacidade de administrar, de dialogar com diferentes lideranças tradicionais.
Segundo a autora Lucília de Almeida Neves, a crise vivida pelo PTB tem fim sob a liderança de João Goulart que assume com a grande responsabilidade de reduzir os conflitos e as disputas internas dentro do partido e a aproximação do movimento sindical. Goulart vem com a responsabilidade de abrir canais de negociação, agia como um intermediário entre os trabalhadores e o governo contribuindo para estreitar essa relação.
Segundo Ângela de Castro Gomes e Maria Celina D’Araújo a atuação de João Goulart a frente do PTB diz respeito às inovações quanto a novo estilo de relacionamento com as lideranças