O mercador de veneza

O mercador de Veneza (WILLIAM SHAKESPEARE)
Não podemos deixar de notar Nesta obra shakespeariana que é nítido e notório a importância que é dada ao valor capitalista da época em questão, de valores monetários e pessoais, como os “senhores da signoria” (pequenos grupos de nobres da aristocracia em Veneza, com papel fundamental no governo da cidade estado).Por se tratar de um grupo Seleto, intelectualizado, burguês e capitalista, negros eram raros neste meio, entende-se que já naquela época alguns preconceitos dentre eles o racial. O Mercador de Veneza confronta o que há de melhor e de pior na alma humana, qual seja tolerância, intolerância, usura, benemerência, amizade,vingança, interesse, paixão, romance e sublime poesia. Faz-nos ver nesse romance que se não é feita a justiça em seu momento preciso, gera-se injustiça que, por vez, torna-se vingança.

O julgamento: por se tratar de um contrato, há uma interpretação gramatical restritivas, comuns em contratos, pelo fado da interprete (Pórcia) considerar que na norma jurídica há a obrigação do pagamento de uma dívida adquirida (promissória) com uma libra de carne humana do possuidor da mesma, caso esta viesse a vencer, o contrato falava mais do que queria dizer, pagar uma dívida com uma libra de carne? Sem, mesmo causa dor sofrimento ou mesmo derrama uma só gota de sangue como pode. Isso poderia lhe trazer a morte?Ainda mais na altura do peito. Ademais este contrato fere, um direito indisponível, o direito da personalidade, e de acordo com o art. 13 do Código Civil em vigor, é defeso, salvo por exigência médica, o ato de dispor do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física ou contrariar os bons costumes. Antes, fere a própria Constituição Federal que traz em seu art. 1°, inc. III, a dignidade da pessoa humana, como preceito fundamental, cerne de todo o nosso ordenamento jurídico. Assim concluímos que este contrato celebrado