O menino do pijama listrado
Constatamos através do filme O Menino do Pijama Listrado, uma demonstração da nossa própria realidade, ou seja, existe em nós e em nossos grupos uma identidade herdada, uma identidade atribuída, uma identidade opcional. Os judeus e os nazistas têm sua identidade herdada, elas são culturas distintas. Em épocas de guerra os que tinham o poder (nazista) decidiram hierarquizar as relações e subjugar o outro. Neste caso eliminar o outro e não apenas judeus, também a negros, homossexuais, todo o diferente.
Assim criaram o conceito superior ao da identidade humana, significando o outro como coisa, ameaça. O poder pode fazer com que outros percam por imposição a identidade, como no caso do filme os judeus, e na história os negros na escravidão. No filme percebemos que os alemães se identificavam como a cultura melhor, superior e única aceitável. Os judeus tinham a consciência de sua importância na história, sua contribuição social, econômica nos espaços que ocupavam.
Alguns alemães não concordaram com a decisão da governança, se negaram a matar, perseguir e ou entregar judeus. Assumindo assim uma identidade de que todos são iguais nas diferenças.
Quando o menino Bruno e sua família vão embora de Berlim para uma casa em um lugar afastado devido ao emprego de seu pai, um general nazista, muito mais do que só uma mudança geográfica acontece.
Quando analisamos o comportamento das crianças, percebemos que apesar da identidade herdada e a atribuída momentaneamente pelo momento da guerra, ambos apenas se reconheciam iguais. O mais relevante era um pertencer ao mundo do outro como se não houvesse diferença. Assume ambos uma identidade opcional, ao ponto de um menino usar a marca que os unia em iguais, o mesmo pijama. Esta opção de identidade igual ao outro lhe custou à vida diriam alguns, outros perceberam que ao escolher uma identidade nada mais natural que vivê-la inclusive no limite da vida. Apesar de no