o logos
Curso: Relações Públicas
Turno: Noite
RA: 151179
Narradores de Javé: do mito ao Logos
Dentro do contexto do filme, existem vários pontos que valem ser destacados para fazer comparações sobre quão importante foi a passagem do mito à razão, da ‘’ ignorância’’ à raiz dos fatos, tão relacionadas ao surgimento da filosofia. Era muito difícil na antiguidade e no filme saber qual era a grande verdade de determinados acontecimentos, já que o mito tinha caráter moral e poderia o mesmo fato ter várias vertentes.
Javé era uma cidade do interior conhecida praticamente apenas pelos seus poucos habitantes. Tudo ficaria mais difícil quando os próprios moradores da cidade não sabiam ler ou escrever pois, jurados a sair do município por determinação do governo para ali passar uma grande represa, não sabiam nem se expressar formalmente para tentar mudar a situação ou rogar pelos seus direitos, salvo, apenas, por um morador chamado Antônio Biá, que sabia ler e escrever. Como uma possível solução para salvar a cidade, era necessário justificar e comprovar que Javé era uma instância histórica e que poderia ser tombada por ser patrimônio histórico. Já nesta parte, é válido destacar como é importante a escrita para comprovação e continuação de algum fato: no logos, foi possível criar um alfabeto onde o seu uso poderia ser livre a todas as pessoas, era racional e abstrato.
Nesta condição, ter em mãos um documento de comprovação ajudaria aos moradores lutarem para que a cidade não fosse inundada. Para isso, Antônio Biá ficou responsável para em um livro, com sua escrita, levantar dados de como a cidade foi fundada. Era necessário então ouvir todos os habitantes dali, já que muitos alegavam ter consanguinidade ou alguma ligação com Indalécio, suposto grande homem que comandava um determinado povo à um lugar seguro para habitar (fundando então a cidade de Javé). Cada morador tinha a sua versão de como se consolidou a história de Javé ligada a Indalécio. Vale