O LITORAL DESCONECTADO

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O LITORAL DESCONECTADO

A confirmação, por meio de reportagem de Zero Hora, de um drama que veranistas do litoral gaúcho suportam diariamente, a precariedade da conexão 3G, exige providências enérgicas e imediatas por parte dos organismos de fiscalização. Não é possível que, em momentos previstos como de lazer, os usuários de serviços de celular e acesso à internet enfrentem tanta dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de acessar serviços pelos quais pagam caro sob qualquer ponto de vista de comparação. E isso no momento em que, às vésperas da Copa do Mundo, as empresas acenam com as vantagens oferecidas pela tecnologia de 4ª geração (4G).
O que ocorre em balneários de municípios do Litoral Norte não difere muito da realidade do Estado de maneira geral e da maioria das cidades brasileiras. Ainda assim, as operadoras continuam insistindo em evasivas, preferindo transferir a responsabilidade para aspectos que não lhes dizem respeito. Entre eles, estão restrições como as impostas por um grande número de municípios para a instalação de antenas que contribuam para melhorar o sinal, mesmo em períodos de maior demanda.

Os usuários, que se multiplicaram em número de forma acelerada, têm hoje em seus smartphones um instrumento indispensável de lazer e de trabalho, além de um mecanismo crescente de busca por informação. Por isso, é inconcebível que se defrontem com tantas restrições para fazer um download ou mesmo para acessar seu jornal online.

Telefonia e internet são serviços sofisticados, que não podem continuar sendo ofertados de forma tão primária. Por isso, os organismos de fiscalização precisam cumprir seu papel, exigindo providências. Os usuários têm razões para não querer explicações, e sim soluções imediatas.

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