O LEO DE LORENZO
O casal de historiadores Augusto e Michaela Odone (interpretados por Nick Nolte e Susan Saradon) tem uma vida aparentemente normal ao lado do único filho (Lorenzo Odone) do casal e de Michaela ? Augusto Odone tem outros dois filhos oriundos do seu primeiro casamento ? mas, tudo começa a mudar quando a criança começa a apresentar sinais de hiperatividade, surdez e desequilíbrio corporal. O filme retrata uma história real, de um casal que descobrem em seu filho Lorenzo de oito anos de idade uma doença rara e degenerativa diagnosticada como adrenoleucodistrofia (ADL), que provoca uma incurável degeneração do cérebro, uma doença muito rara e o pior de tudo degenerativa, de acordo com os médicos o garoto não viveria mais de três anos. A ALD se caracteriza pelo acúmulo de ácidos graxos saturados de cadeia longa (principalmente ácidos com 24 e 26 carbonos) na maioria das células do organismo afetado, mas principalmente nas células do cérebro, levando à destruição da bainha de mielina, que protege determinados neurônios. Sem a mielina, estes neurônios perdem a capacidade de transmitir corretamente os estímulos nervosos que fazem o cérebro funcionar normalmente e aí surgem os sintomas neurológicos da doença. (ARAÚJO, 2007). O desespero toma conta do casal e principalmente de Michaela; pois Lorenzo além de ser seu único filho herdara a patogenidade da mãe, pois a ADL transmite-se exclusivamente de mãe para filho (somente do sexo masculino) devido uma disfunção genética ? relacionada com o cromossomo sexual X, e apenas as mulheres são portadoras, tendo 50% de chances de transmitir para o filho. Após a descoberta dessa doença em Lorenzo, seus pais acabam vivenciando a frustação da falta de medicamentos para a doença e o fracasso dos médicos. A partir dessa constatação eles começam a estudar e pesquisar sozinhos na esperança de encontrar alguma substância que pudesse amenizar ou conter o avanço da doença, que ia destruindo o cérebro de Lorenzo