o leitor
O filme é uma dicotomia, mostra alienação política e consciência política, ao mesmo tempo em que mostra uma mulher sendo condenada por um crime que não cometeu onde poderia provar sua inocência, mas não o fez pela vergonha de assumir ser analfabeta, questiona também a omissão do cidadão comum na Alemanha diante do holocausto por um sentimento de vergonha e medo.
Podemos observar em várias passagens do filme vários questionamentos como responsabilidades individuais e coletivas, uma cena que ilustra muito bem isso é durante o julgamento quando Michael tem a chance de ajuda-la provando que ela era analfabeta, portanto não poderia ser culpada pelos crimes que foi acusada, por vergonha de assumir que tiveram um relacionamento ele se omite, permitindo que Hanna fosse condenada injustamente.
Michael carrega pelos anos seguintes a culpa da omissão, esta que simboliza a relação de culpa que o povo alemão sente ainda como herança de sua história, ele tenta se redimir da omissão, enviando para a prisão fitas de áudio com as histórias que Hanna mais gostava, narradas por ele. Ela retira os livros na biblioteca e, por associação e determinação oculta, aprende a ler a partir da narração.
Outra cena importante é quando no julgamento todas as outras rés se juntam contra Hanna e a acusam de ser a única culpada pelo crime, em um claro ato de manipulação ideológica, elas dissimulam e argumentam falsos acontecimentos, Hanna por não suportar tanta pressão psicológica e emocional acaba confessando o crime que não cometeu.
O filme nos permite uma visão clara do