O legado se Saussure
Ferdinand Saussure é considerado o pai da Linguística Moderna. Antes de Saussure os estudos sobre a Linguística eram realizados de forma desestruturada, sem organização. A partir dos estudos realizadas por ele, a
Linguística passou a ser estudada como uma ciência, de forma padronizada e com suas teorias comprovadas.
Sua historia se desenvolveu a partir de sua preocupação com a coletividade, sendo a sociedade o espaço observado para ele desenvolver alguns conceitos básicos de sua teoria. Para Saussure a língua representa a coletividade, e o indivíduo é parte intregada nela, assim como é parte da sociedade. Já a fala representa o indivíduo e sua ação. Sendo assim, o indivíduo só estará integrado ao contexto Linguístico da sociedade em que vive quando aprender a língua dessa sociedade.
Saussure considerou que a Linguística deveria conhecer a si mesma, o que foi de suma importância para que ele desenvolvesse o conceito de ciência aos seu estudos, com uma metodologia mais precisa, padronizada, mais adequada para o estudo da Linguística.
A primeira dicotomia apresentada por Suassure foi a langue (língua) x parole (fala). A língua é considerada por ele como essencial, pois ela existe na coletividade, é a parte social da linguagem, na condição de bem comum trás consigo toda a história acumulada de um povo. A fala é considerada secundária, se refere ao ato individual de escolha das palavras, para exprimir seu pensamento pessoal, através do mecanismo psicofísico.
Saussure considera que a língua é um sistema de signos. A teoria geral que estuda o signo e suas particularidades é conhecida como Semiótica. Ela admite a existência de dois tipos de sinais: os naturais, manifesto sob forma de indícios físicos (cheiro) e sintomas fisiológicos (dor, febre, suor); e os convencionais, manifesto sobre a forma de ícones, há uma relação direta entre o representante e o representado. Já nos sinais convencionais