o jardineiro

As discussões em torno da ética hoje são globalizadas e códigos têm sido elaborados para formalizar questões de relacionamentos entre indivíduos, organizações e sociedade.
O filme “O Jardineiro Fiel” relata a história do diplomata britânico Justin – jardineiro nas horas vagas – que inicia investigações sobre as causas da morte de sua esposa Tessa, uma ativista humanitária cuja bandeira era investigar a distribuição de medicamentos no Quênia por grandes empresas britânicas do ramo farmacêutico.
Tessa, em sua luta pela ética na indústria farmacêutica, também valeu-se de atitudes pouco éticas para atingir seus objetivos. Aproximou-se deliberadamente de Justin para se beneficiar da sua imunidade diplomática e chegar à África para denunciar o uso indiscriminado do Diprax na população do Quênia. Para ela, os fins justificavam os meios, mas não aceitava essa máxima para uma Grande empresa cuja finalidade dos testes era descobrir um remédio para cura de doenças e que usava esse expediente para ter certeza da sua eficácia.
Senso moral e consciência moral tinham as duas partes, ambas buscavam melhor condição para um grupo social. Porém Tessa foi desleal em nome de uma causa que julgava justa e não enxergava que sua luta também era uma deslealdade para se atingir resultados humanitários – a eficácia de um novo medicamento. Em sua extenuante busca da verdade, usara métodos tão reprováveis quanto aqueles aos quais combatia. Fez promessas que jamais cumpriria, mesmo que tivesse sobrevivido. Seus conflitos entre certo e errado a rodeavam, pois sabia que talvez fosse tão aética quanto a empresa que fabricava o Diprax e os membros do Governo Britânico que foram testar seus medicamentos no Quênia. Para Tessa, os fins justificavam os meios, mas ela não aceitava que institucionalmente essa máxima pudesse