O jardineiro fiel
O filme retrata pesquisas científicas com seres humanos, fazendo destes cobaias de novas drogas experimentais. Estes, são os Africanos portadores do vírus do HIV que buscam tratamento para a doença. Enquanto pensam que estão sendo medicados contra a doença, são usados como cobaias para a cura da tuberculose. Existe um estudo realizado, o qual diz que em alguns anos haverá uma epidemia da doença no mundo inteiro. Sendo assim, uma indústria farmacêutica testa estes medicamentos, visando um lucro de bilhões no futuro.Durante todo o filme fica claro que existe a ausência da ética empresarial e, principalmente, da bioética. Esta está ligada ao compromisso com o conflito moral na área da saúde e da doença dos seres humanos. Afirma-se que na bioética, a ciência não é mais importante que o homem, porém o que é retratado no filme, é justamente o oposto. Já que os seres humanos são feitos de cobaias sem que saibam e mais, visando apenas o lucro para a indústria farmacêutica, ou seja, a vida do ser humano em questão pouco importa.Existe uma responsabilidade moral por parte dos cientistas e da indústria farmacêutica em suas pesquisas e aplicações, que está longe de ser levada a sério. Uma vez que as empresas farmacêuticas não estão dispostas a retornar a droga para os laboratórios e aperfeiçoá-la, pois isso custaria muito tempo e milhões. O que é levado em conta são os prejuízos capitais e não humanos. Lucrar não é proibido, mas o que não pode ser admitido é que tais lucros sejam obtidos a partir de qualquer exploração da vida humana.Em “O Jardineiro Fiel”, o ser humano é usado como rato de laboratório e a justiça torna-se utopia. As únicas pessoas que nele tentam provar que ainda existe a ética, são caçadas e assassinadas.