O individuo e o grupo na organização
Compreendendo os Grupos de Trabalho
Breve histórico da formação dos grupos
Historicamente o homem primitivo, ainda com postura animal, era andarilho e não tinha moradia fixa. Inicialmente dotado de baixa resistência, que só viria a se fortalecer graças às proteínas da carne, sobrevivia até os 20 anos de idade. Seus meios de subsistência eram a caça e a pesca. O homem só passaria a viver de modo gregário ao perceber que, em grupo, ficaria mais protegido dos animais, da neve, das tempestades. Uniu-se aos outros, portanto, pela necessidade de sobrevivência e não pelo vínculo afetivo. E, a partir daí, passou também a destruir outros grupos. Nesse momento histórico, ocorreu a divisão biológica do trabalho. Com a descoberta do fogo e o desenvolvimento de instrumentos caseiros, à mulher atribuiu-se o cuidado com a alimentação. Ao homem coube a responsabilidade pela caça e por todas as atividades que exigissem força física. Quando a população dos grupos aumentou, o homem tornou-se sedentário, passando a domesticar animais e a se comunicar através da linguagem falada, que dará início à sociedade, com normas e valores próprios. Os grupos transformaram-se em tribos, sempre lideradas por um chefe que atuava como juiz centralizador e mantenedor do grupo, promovendo o equilíbrio da comunidade. Com um perfil psicológico que conjugava as características do sacerdote, já que era o encarregado de entrar em contato com a espiritualidade, e do médico, uma vez que curava males físicos com chás, oferendas e rituais, esse chefe também determinava quais pessoas estavam fora daquele contexto social, diagnosticando os comportamentos considerados “desviantes”. Na verdade, eram pessoas fora do contexto social que apresentavam patologias psíquicas (SILVA, 1998).
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O processo da socialização humana e a formação de grupos
O processo de socialização primária ocorre no âmbito da família, o grupo necessário para garantir a sobrevivência física e