O impacto
Vesanto Melina, Brenda Davis e Victoria Harrison. Tradução e Prefácio: Marly Winckler
Se você não está preocupado com a sua saúde, com a sua espiritualidade, com o lugar em que vive e com a fome no mundo, não perca tempo lendo este livro.
Mas se está preocupado, ao ler este livro constatará que uma dieta vegetariana é mais benéfica à saúde, condiz com o caminho espiritual, favorece a preservação do planeta e oferece soluções ao grave problema da fome que aflige a humanidade.
Sob o prisma da saúde, uma dieta vegetariana é amplamente favorável.
As principais doenças da civilização ocidental, entre elas as cardíacas e degenerativas, o câncer, a obesidade e o diabetes, estão diretamente ligadas à ingestão excessiva de gordura. Não se iluda!
Toda carne contém gordura, mesmo as chamadas carnes magras.
Contém também impressionante quantidade de aditivos químicos na forma de hormônios, conservantes, nitratos e nitritos etc., todos nocivos à saúde.
Isso sem falar que seu consumo está associado a outros males terríveis, como a doença da vaca louca, cuja gravidade a mídia revelou ao mundo.
Segundo o British Medical Journal, os "vegetarianos são 40 por cento menos suscetíveis a morrer de câncer do que os carnívoros"1.
Mas você pode estar se perguntando: como recomendar uma dieta vegetariana em um país onde tantos passam fome e onde um quilo de frango sai mais barato que um quilo de muitos legumes ou grãos?
Ora, em um país de dimensões continentais como o Brasil, chamado de celeiro do mundo, pode-se reduzir muito o preço dos alimentos plantando-se mais e adotando-se uma dieta mais rica em verduras e frutas.
Transformar animais em alimento é antieconômico; na verdade, representa enorme desperdício.
No mesmo espaço ocupado por um boi para produzir cerca de 210 quilos de carne, no período de 4 a 5 anos, colhe-se, no Brasil, em média, 19 toneladas de arroz; ou 8 toneladas de feijão; ou 34 toneladas de milho; ou 32