O impacto da taxa de juros na economia
Fonte: Bacen
A inflação e os juros
Os primeiros dados de 2013 frustraram as expectativas do BC em relação à inflação, pautadas pelos argumentos presentes no “Relatório de Inflação” do 4º trimestre de 2012:
• Cenário externo de relativa estabilidade, propício para uma contenção relativa da demanda internacional e dos preços das commodities internacionais;
• No cenário interno, a agropecuária e a indústria cresceram menos do que o esperado (mesmo com os estímulos fiscais), o que, somado à relativa estabilidade do setor terciário (comércio e serviços), contribuiu para que o crescimento econômico ficasse abaixo do esperado, no final de 2012;
• As operações de crédito também se encontravam abaixo do esperado, com ritmo moderado de expansão;
• O resultado das contas externas apresentava resultado negativo, principalmente diante do quadro de queda das exportações (e ainda que se saliente a trajetória declinante das remessas de lucros, muito provavelmente devido à desvalorização cambial);
• As pressões inflacionárias estavam concentradas principalmente no segmento de alimentos e bebidas (muitos, cotados internacionalmente), que apresentavam tendência de queda em 2013, quando comparados com 2012.
Com os dados da inflação do início de 2013, o BC reavaliou as expectativas e estima que, até julho de 2013, a inflação acumulada em 12 meses ultrapassará o teto da meta de 6,5%. A partir desse momento, espera-se que o índice tenha trajetória declinante no segundo semestre do ano e chegue a 5,85%, em dezembro de 2013 (segundo posição do BC, em 10 de abril de 2013, última disponível), ou seja, semelhante a 2012, quando foi de 5,84%, mas ainda abaixo do teto da meta.
A autoridade monetária espera maior absorção das pressões inflacionárias pela economia, ao longo do ano, como tem ocorrido em períodos anteriores. Com base especificamente nos dados de março de 2013, a inflação no mês foi de 0,47%. Acumulada em 12