O impacto da deficiência infantil aos pais e o processo de reconhecimento desta realidade por meio do auxílio promovido pelas equipes de profissionais da saúde
2013
Franciele Sassi
Acadêmica do curso de Psicologia da Universidade de Caxias do Sul, RS (Brasil)
Contato: franciele.sassi@hotmail.com RESUMO
A perda de alguém amado é, inevitavelmente, uma das mais dolorosas e intensas experiências que o ser humano pode sofrer. E no momento em que não há perda efetiva, mas um pesar simbólico? Da mesma forma, a dor provocada pelo vazio que se estabelece desafia aqueles que a sentem. O luto sentido pelos pais por um filho, até então, idealizado, porém nascido com deficiência, é uma prova penosa não apenas para estes que a experimentam, mas também para os que encontram-se próximos a esta realidade, ainda que pelo fato do sentimento de impotência fazer-se presente para intervir de algum modo. Diante deste evento, torna-se fundamental a intervenção precoce realizada por profissionais da saúde dispostos a auxiliar e capazes de cuidar e amparar a dor sentida pelo luto dos pais diante da perda do filho ideal. A intervenção concisa possibilita saídas aos pais rumo a direções diferentes daquelas, eventualmente, vistas sob o único viés das limitações da criança. O auxilio profissional promove, sobretudo, o crescimento interno e a sustentação externa para que os pais possam desenvolver recursos para lidar com a realidade imposta, permitindo a preparação e adaptação de si mesmos, para que, a partir daí, agarrem-se aos aspectos positivos desta nova relação de forma saudável e, principalmente, espontânea e com amor.
Palavras-chave: deficiência infantil, luto simbólico, intervenção precoce, profissionais da saúde.
A Terra permanece circunscrita num contínuo processo de renovação, à medida que cada broto, filhote ou bebê é gerado. A civilização humana, portanto, harmonicamente com a Natureza, brinda a vida. Acredita-se que o ser humano emerge à existência