O homem é a medida de todas as coisas
"O homem é a medida de todas as coisas", disse o sofista Protágoras de Abdera (485-411 a.C.). Assim, o ser humano passa a ser o centro das atenções. É esse o contexto de florescimento do movimento sofístico, muito mais ligado que está, portanto, à discussão de interesses comunitários, a discursos e elocuções públicas, à manifestação e à deliberação em audiências políticas, ao convencimento dos pares, ao alcance da notoriedade no espaço da praça pública, à demonstração pelo raciocínio dos ardis do homem em interação social. A filosofia inicialmente tinha seu foco na natureza e isso levava também a discutir o relacionamento entre os homens.
O movimento sofista, criado pelos primeiros professores e que tinham opiniões divergentes, cinco séculos antes de cristo colocam o homem como o centro dessas discussões.
Se iniciando o chamado Século de Péricles passou-se a dar mais ênfase à mitologia, filosofia, política e história, devido à calmaria política do período, principalmente com a estruturação da democracia de Atenas, a expansão das fronteiras gregas, acúmulo de riquezas e intensificação do comércio,
Por serem homens dotados do dom da palavra e também educadores nesse tema, não penas em praça publica, mas podendo exercer influência sobre magistrados nos tribunais, tendo na palavra a definição do justo e do injusto, os Sofistas surgem como respostas às necessidades da democracia, que era exercer a cidadania por meio do discurso.
A técnica argumentativa faculta ao orador, por mais difícil que seja sua causa jurídica, suplantar as barreiras dos preconceitos sobre o justo e o injusto e demonstrar aquilo que aos olhos vulgares não é imediatamente visível.
Talvez se tenha noção, vulgarmente, de que os sofistas –muitos deles estrangeiros - formaram uma única escola, por estarem no cenário das polêmicas com Sócrates e seu discípulo Platão. "Os sofistas sempre foram mal interpretados por causa das críticas que a eles fizeram