Resumo do Livo O QUE É O DIREITO
Jurista é simplesmente, o homem de direito, o homem que sabe direito. A lei e o direito não são a mesma coisa. A noção de direito depende da noção do homem e da sociedade. Nem o direito se confunde com a lei, nem o jurista é propriamente um homem de leis.
Saber direito é uma ciência prática. As ciências são especulativas. A palavra especulativa quer dizer que se trata de um conhecimento que reflete a realidade sem a fazer ou construir. Essa arte consiste em saber pintar, quadros, e é uma ciência prática. Ciências prática e arte são a mesma coisa.
O que jurista sabe de prático é algo fundamental e tão importante para as relações sociais quanto o justo. O Jurista dedica-se a desvelar o que é justo nas relações sociais, na sociedade; é por assim, dizer, o técnico da justiça, o que sabe do justo e do injusto. Foram os romanos que definiram a arte do direito como a ciência do justo e do injusto. O justo é justamente o direito, dizer o justo é nomear o direito, porque são as mesmas coisas. O injusto é a lesão do direito.
Porque a arte do direito nasceu? Toda arte responde a uma necessidade. A arte consiste em saber fazer, saber produzir e coisas afins, toda arte nasce para satisfazer uma necessidade, dependendo de fatos ou fatores da vida humana. Para delimitar a arte do direito recorremos ao Poder Judiciário.
O que se pede? Pede-se que o juiz profira a sentença, que diga com autoridade o que corresponde a cada uma das partes do processo judicial. O juiz sentencia ou diz o que corresponde a cada um, sentencia sobre o seu de cada qual. O seu, o de cada um, esse é o objeto do saber do jurista. A coisa de cada um chamamos de direito, o direito de cada qual; o jurista indica o justo que deve ser dado a cada um. Conclui-se que o