O homem de vocação politica
A carreira política concede a alegria do sentimento de poder, mesmo para os políticos profissionais que não ocupam altos cargos, pois eles têm a consciência de influir sobre outros seres humanos, o sentimento de participar do poder, à consciência de figurar entre os que apreendem nas mãos um elemento importante da história que se constrói, e veem que estão acima da banalidade da vida cotidiana. (WEBER, 2000, p. 105).
São três as qualidades que determinam o homem político:
A paixão
O sentimento de responsabilidade
E o senso de proporção.
O líder político deve ser apaixonado, mas no sentido de trabalhar por uma causa, a natureza desta depende apenas das convicções pessoais de cada um como fins humanitários, nacionais, ou mesmo a uma ideia. Também é muito importante ter responsabilidade perante a causa, pois quando se põe a serviço de uma causa, sem que o correspondente sentimento de responsabilidade se torne a estrela polar determinante da atividade, ela não transforma um homem em chefe político. (WEBER, 2000, p. 106), isso impede que o político cometa os dois pecados mortais na política: não defender causa alguma e não ter sentimento de responsabilidade (WEBER, 2000, p.107).
Para isso o líder deve ter senso de proporção ou senso de realidade que é a qualidade psicológica fundamental. Quer isso dizer que ele deve possuir a faculdade de permitir os fatos ajam sobre si no recolhimento e na calma interior do espírito, sabendo, por consequência, manter a distância os homens e as coisas. (WEBER, 2000, p.106), o distanciamento é necessário para o político, pois ele tem a necessidade de refletir sobre a realidade, para ter maior objetividade em suas ações.
As qualidades que foram citadas anteriormente são importantes para distinguir o homem político do simples diletante de excitação estéril, mas ele deve evitar a vaidade, esta faz com que o líder coloque-se acima de sua causa,
não