O hiae e seus rivais
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Aspectos do modelo organizacionalO HIAE é, primordialmente, uma burocracia profissional que, ao longo do tempo, incorporou aspectos do modelo inovador que favoreceram a evolução de suas capacidades dinâmicas. Segundo Mintzberg (2003) a burocracia profissional possui “um trabalho operacional estável, o que leva ao comportamento predeterminado ou previsível, na verdade, padronizado.” (Mintzberg, 2003, p. 212).
A despeito disso, esse trabalho é também complexo e deve ser controlado diretamente pelos operadores que o executam. Como resultado, essas organizações convivem, ao mesmo tempo, com a padronização e a descentralização e dependem das habilidades e conhecimentos de seus profissionais (expertise). Esse é, tipicamente, o caso da maioria das instituições da saúde.
No HIAE a adoção e controle contínuo das melhores práticas em atendimento médico-assistencial, se sustenta em alguns aspectos deste modelo. É dependente de “padrões que têm origem largamente fora de sua estrutura...” (Mintzberg, 2003, p. 215), como é o caso da JCI; e de profissionais especializados, devidamente treinados, como é o caso dos profissionais da saúde que ali atuam; demonstra descentralização na medida em que grande parte do poder e da responsabilidade pelo paciente está nas mãos dos médicos do corpo clínico aberto.
A despeito disso, algumas características do modelo inovador podem ser identificadas nesta instituição. Em primeiro lugar, há uma descentralização importante, ainda que não radical, da responsabilidade por resultados para as unidades operacionais (unidades avançadas de diagnóstico, de oncologia e hospitalar). Em segundo lugar, nos últimos três anos, criaram-se as funções denominadas ‘Prática Médica Corporativa’ e ‘Prática Assistencial Corporativa’ responsáveis por definir, implementar, e auditar padrões corporativos, sem responsabilidade pela operação propriamente dita. Trata-se de um staff corporativo com papel reduzido e que, tipicamente, não existe em hospitais