O guia do mochileiro das galáxias
Tradução de: Paulo Fernando Henriques Britto e Carlos Irineu da Costa “Para Johnny Brock e Clare Gorst e todo o pessoal de Arlington, que me deu chá, simpatia e um sofá.” Prefácio Desde tempos imemoriais houve menos que meia dúzia de mortais cujas mentes foram capazes de contemplar o universo em sua totalidade: Einstein, Hubble, Feynman e Douglas Adams são os nomes que surgem em meu cérebro comparativamente ínfimo e inútil. Destes poucos gênios especiais, Douglas Adams é, sem dúvida, o pensador mais hilariantemente original, embora seja consenso geral que Einstein era melhor dançarino de funk. O Guia do Mochileiro das Galáxias começou sua história como uma série de rádio e, depois, uma compilação em fita cassete. Transformado em livro, tornou-se um best-seller mundial e foi parar, de forma curiosa, na televisão britânica.
Com uma galeria de personagens bizarros e tantas viradas abruptas na trama que você se sentirá em uma montanha-russa, O Guia do Mochileiro é, sem dúvida, uma das mais criativas e cômicas histórias de aventura jamais escritas. Arthur Dent, um inglês azarado, escapa de um evento dramático ― a destruição da Terra ― , graças a um amigo de Betelgeuse que, enquanto estava ilhado em nosso planeta, havia se disfarçado de ator desempregado. Arthur se vê arrastado, apesar de seus protestos histéricos (bem, "histérico" dentro da habitual fleuma britânica), para as situações mais alucinadas nos pontos mais distantes do tempo e do espaço. O que realmente sustenta este livro hilariante, através de sua viagem freneticamente bizarra pela galáxia rumo ao legendário planeta de Magrathea ― e além ― , é a pergunta profunda sobre o porquê. De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? Onde vamos almoçar hoje? Além disso, enquanto Arthur tenta se entender com as formas de vida mais estranhas e os nomes ainda mais estranhos dessas formas de vida estranhas, nosso anti-herói descobre a verdadeira história da