O grito
Esta imagem nos da à impressão que essa pessoa esta vivendo um momento de medo, angustia, uma depressão profunda, que são algum dos sintomas causados por grave neurastenia, pois Munch passou por várias crises psiquiátricas por causa desta doença. E analisando essa obra podemos perceber pela expressão do rosto uma dor profunda causada pelo sofrimento mental pelo qual estava passando em consequência de sua vida marcada por tragédias e doenças. A falta de cabelos e as pálpebras caídas demonstram um estado de saúde precária. No fundo quase tudo está torto devido o grito intenso, menos seus amigos e a ponte que estão no canto esquerdo como se não tivessem sido atingidos pelo grito. Esta tela é composta por uma mistura de cores quentes com cores frias, características do expressionismo.
O artista, que passava com seus amigos na zona portuária, grafou em seu diário: “De repente, tudo ficou vermelho e uma profunda melancolia e tensão se apossou de mim. Meus amigos foram embora e eu fiquei só, trêmulo e ansioso, como se tivesse ouvido um grito cortante e interminável atravessando a natureza”.
Evard Munch nasceu em Loten, na Noruega no dia 12/12/1863, e estudou arte em Oslo. A obra “O Grito” de Edvard Munch foi uma das obras principais que marcou o movimento expressionista que surgiu no final do século XIX e no inicio do século XX na Alemanha. A arte que antigamente era expressa pela realidade, passou a ser representada pelo sentimento mostrando seu estado emocional. O expressionismo trata-se de uma pintura dramática, expressiva, as cores utilizadas são fortes, chegando a ser irreais. As pinceladas eram rápidas, demonstrando enorme vitalidade. Tentavam transmitir a sua arte utilizando uma forma psicológica onde pudessem expressar seus sentimentos íntimos.
O grito foi pintado em 1893 pela primeira vez e existe cerca de 50 versões, pois Munch tinha mania de pintar a mesma cena várias vezes. Se tornou sua obra mais famosa talvez pelo fato de ter