o globalismo ecológico e seus mundos
Kant chama de constituição cosmopolita o que conhecemos como ordem internacional feita através das instituições das normas internacionais pela comunidade das nações. Mas quais as tendências recentes da discussão dos problemas globais? Será que continua fazendo sentido às perspectivas nacionais frente aos problemas ecológicos globais?
Não há como ter uma política “planetária”, mundial e internacional, fora do sistema e âmbito dos Estados nacionais.
A ausência de soberanias nacionais significaria a ausência de sujeito no plano internacional. Cada Estado deve considerar e assumir seus compromissos unilaterais para a solução de problemas globais, que seriam também seus como dos outras nações.
Há a hipótese de Kant, uma constituição cosmopolita que implicasse a sujeição de todos os Estados a um poder central, consubstancia numa norma e numa justiça internacionais. Na perspectiva Kantiana, a adesão é livre e garante a autonomia dos negócios internos e autodeterminação de cada Estado bem como a igualdade jurídica. Não é a criação de um Estado mundial, no qual desapareceriam as soberanias nacionais, mas que se assegurasse a autonomia prevalecendo o direito e a justiça ainda que os problemas globais pusessem em risco a sobrevivência da humanidade.
A aceitação de que são necessárias soluções globais para problemas globais pode indicar que será possível construir um só mundo para uma só humanidade, prevalecendo interesses mais elevados como o abandono das disputas mesquinha e guerras, colocando a preocupação solidária com seu futuro comum.
A segurança internacional esteve associada a questões militares.
A partir dos anos 80 “o mundo torna-se mais interdependente, multipolar e diverso, a visão de segurança tradicional começa a sofrer transformações”(Clóvis Brigagão). O Brasil no Grupo dos 77, já antes, propunha nas Nações Unidas o conceito de Segurança Econômica Coletiva.
Na perspectiva dos países desenvolvidos na questão da segurança econômica seria