O fim do mundo antigo;uma nova discussão historiográfica
Por: daniel rodrigues de lima
Os fundadores: Lucien Febvre e Marc Bloch
Este capítulo é dividido pelo autor Peter Burke em quatro subtemas que procuram explicar a trajetória do grupo que causou uma revolução no fazer da história trazendo com isso uma nova conceituação da disciplina, assim como, a busca daquilo que é essencial a História a problematização, além de métodos e metodologias novas.
O autor fala dos anos iniciais da carreira dos fundadores dos Annales, Febvre e Bloch, depois faz observações sobre o período que passaram em Estrasburgo, onde se encontraram em 1920 começando ali uma grande parceria, tendo durante esse período vários pensadores que ajudaram a influenciar os dois, como Blondel, Halbwachs entre outros, sendo, contudo seus maiores influenciadores François Simiand e Vidal Dela Blache, em que Bloch da ênfase a sociologia de Durkheim e Marcel Mauss e Febvre interessava-se pela construção de uma geo-história, assim como pelas atitudes coletivas chamadas psicologia histórica.
Logo depois fala da criação dos Annales, o que ocorreu logo após a Primeira Guerra Mundial, em 1929, onde esta trazia nomes como Demageon (geógrafo), Maurice Halbwachs (sociólogo), Charles Rist (economista), e um cientista político André Siegried, mostrando com isso o caráter interdisciplinar do projeto. Em seguida fala da institucionalização dos Annales apesar da dispersão do grupo de Estrasburgo.
O que destacamos deste capitulo é que Peter Burke se propõe a nos mostrar como foi importante o surgimento do grupo à História, pois é com Bloch e Febvre, estes dois historiadores propõem a elaboração de uma história problema, ou seja, uma história feita através de questionamentos, onde não são privilegiados apenas fatos políticos e diplomáticos através da figura dos grandes homens dos grandes heróis nacional vivendo uma história sem conflitos e tensões, e sim, buscam-se os homens no seu fazer cotidiano, sendo estes sujeitos e objetos da história