O FIm de uma era
No final do ano passado foi Alex. Essa semana, Riquelme. Os dois últimos clássicos "10" se aposentaram e deixam o futebol saudoso de uma posição nobre. A mística da camisa já nos diz muito sobre o jogador que a veste: clássico, que faz a bola correr e procura seus companheiros para deixá-los na cara do gol. Se todos os grandes craques usam a camisa 10, Juan Román Riquelme, sem dúvidas, foi um deles.
O argentino teve grande sucesso em sua carreira. O grande destaque foi pelo Boca Júniors, clube onde era mais identificado. Foram 3 copas Libertadores, 2 vices, 1 Mundial em cima do poderoso Real Madrid, além de 5 campeonatos argentinos. Jogou também no Barcelona, Villareal (onde fez grande dupla com Diego Forlán e levou os times até as semi-finais da Champions League 05) e Argentinos Juniors. Pela seleção argentina, o destaque foi durante as Olimpiadas de 2008, onde foi campeão.
Muitos diziam que era lento. Mas ditava o ritmo do jogo como ninguém. Sabia segurar a bola e fazer a famosa catimba argentina como nenhum outro. Mas era o primeiro a botar o time para frente num eventual resultado desfavorável. A bola saia de seus pés com classe. E sabia usar tanto o direito, como o esquerdo. Uma falta perto de área, era meio gol para Riquelme.
Além da técnica refinada e o famoso estilo de jogo, Riquelme sempre foi fiel ao clube que amava. Da primeira saída para o Barcelona, até a volta para ser campeão da Libertadores em 2007, Riquelme teve muitas outras propostas, mas como o mesmo disse, preferia jogar no quintal de casa do que ganhar milhões na Europa.
Argentino de sangue quente, Román nunca fugiu de uma boa polêmica, e fez questão de sempre provocar os seus "hermanos" Brasileiros. Foi assim durante os confrontos entre a amarelinha e albiceleste, foi assim quando defrontava rivais Brasileiros na Libertadores. E ele sempre correspondeu dentro de campo.
Román se sentia muito bem em campo e sempre fez questão de demonstrar isso. Perde a