O fim da era lula
Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro ex-operário, líder sindical a conquistar a Presidencia da Republica na América Latina. Eleito pelo PT em 2002, tomou posse em janeiro de 2003. Conseguiu seu segundo mandato e governou o Brasil por 8 anos. Antes de chegar a presidência ocorreram três tentativas consecutivas (1989,1994 e 1998). Venceu as eleições de 2002 em dois turnos, atingindo a marca de 52.793.364 contra 33.370.739 votos válidos recebidos pelo seu adversário José Serra do PSDB. Na sua Reeleição em 2006, Lula obteve no segundo turno 60% dos votos válidos, contra 39% do seu adversário Geraldo Alckmin. O que influenciou a vitória petista nas eleições de 2002 foi a modificação pragmática do PT; desde as eleições de 1994 ocorreu uma mudança em sua ideologia, em seu discurso: “das propostas socialistas de transformação social (...) para práticas reformistas, passando da esquerda do espectro político para o centro, na tentativa de se aproximar do eleitor mediano (eleitor de centro)”. Essa mudança “está intimamente ligada à evolução positiva do resultado das urnas (...), com o abandono das principais bandeiras e diretrizes outrora defendidas” (CREMONESE, 2009, p.87). O PT precisou realizar alianças políticas para vencer as eleições, o próprio Lula admitiu isso. Outras razões contribuíram para a vitória de Lula: a desfavorável “conjuntura políticoeconômica” herdade da fase FHC e o “Marketing Político” do presidente e a “Carta aos Brasileiros”; ocasião de instabilidade política que antecedeu as eleições de 2002. Na carta Lula e o PT, com a intenção de acalmar o mercado, compromete-se a pagar os juros da divida externa além de cumprir os contratos. Ele foi criticado pelos analistas políticos em razão de estar beneficiando os banqueiros (CREMONESE 2009). O “Programa Bolsa família” (PBF), mecanismo condicional de transferência de recursos, foi criado pelo governo do PT em 2003, como forma de integrar e unificar a fome zero