O Filme Laranja Mec Nica

O filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrik pode ser visto, antes de tudo, como uma crítica a psicologia behaviorista e a visão dela do homem. Nele, é criado um mundo sombrio, onde Alex (a personagem principal) e seus amigos saem às ruas durante a madrugada, drogados, e espancam mendigos e idosos, estupram mulheres, entre outras barbáries.
Em uma dessas noites, o grupo de amigos comete um homicídio e um integrante os trai, o que leva Alex para uma casa de detenção. Ele é condenado a 14 anos de prisão, onde precisa se esquivar da violência de seus colegas e do assédio homossexual.
O jovem começa a auxiliar o padre em suas atividades religiosas para conseguir um melhor tratamento e então, surge uma oportunidade de se ver livre da prisão: o Tratamento Ludovico. Seria recrutado um dos prisioneiros para ser cobaia do estudo da técnica, que seria adotada pelo governo americano.
Durante o tratamento, Alex foi submetido a sessões de cenas e filmes violentos, cujos quais ele teve assistir sem piscar os olhos, que eram mantidos abertos à força. Antes das sessões, lhe era injetado um medicamento que causava náuseas. Assim, ele foi condicionado a sentir/associar mal estar físico com a violência, o que neutralizaria a sua agressividade e o transformaria num “cidadão normal”. A 9ª sinfonia de Beethoven também foi associada à violência e à náusea, o que o tornou incapaz de ouvir a música. Um exemplo de condicionamento behaviorista, um estímulo neutro é usando de punição e reforço negativo para extinguir um comportamento não tolerado socialmente.
O filme também coloca em evidência duas grandes entidades controladoras de comportamento social: o governo e a religião. Ambas utilizam do reforço positivo de condutas ‘aceitáveis’ socialmente ou aprovadas por “Deus” e do reforço negativo (punição) para condutas não aceitáveis, o que aconteceu com Alex.
Como era esperado, o tratamento teve alcance limitado, logo as náuseas foram extinguindo-se e parou de sinalizar a possibilidade de