O Ethos Vivendi e a Alma Coletiva do PT
Por Donizeti Nogueira
Sexta-feira, 10 de junho de 2011 face: Donizeti do PT
Donizetinnogueira@gmail.com
“...Enquanto educador, reconhecer-se também como educando. Vale repetir: para que o PT assuma o seu papel de educador enquanto Partido, coerentemente com suas opções proclamadas, ele tem de assumir também o papel de educando das massas populares. A sua tarefa formadora, como partido de massas e não de quadros, se dá na interioridade das lutas populares, na intimidade dos movimentos sociais de onde ele veio, dos quais não pode afastar-se e com os quais deve aprender sempre.”
(Paulo Freire)
As sábias palavras do mestre Paulo Freire, que vê “O Partido como Educador-Educando”, impressas no texto de abertura do caderno de publicação do Estatuto do PT, resumem o ethos vivendi do Partido dos Trabalhadores – um Partido nascido das aspirações de uma multidão formada por sonhadores e excluídos – além de revelar a sua alma coletiva (egrégora) de onde vem essa energia poderosa que na adversidade ele (o partido) se fortalece e se prepara melhor para os próximos embates.
Esse texto sintetiza o que, do meu ponto de vista, tem orientado o Partido dos Trabalhadores nestes 31 anos de sua existência, pois expressa que o PT não poderá existir com a imposição de receitas prontas e que ele não é estático e muito menos instrumento desta ou daquela figura. O PT se orienta e se dirige pela média das vontades e percepções do conjunto de seus constituintes. O PT não sou eu, não é LULA - mesmo com o tamanho de sua importância para o Partido e para o mundo - o PT é: como habitualmente dizemos, “ O PT Somos Todos Nós”.
Certa vez um trabalhador rural me disse, “no PT o maior é do tamanho do menor”, o que difere um do outro é o fato do ‘maior’ receber delegações maiores, isto é, suas obrigações são maiores, mas isso não o faz maior que menor, uma vez que os seus direitos são iguais. É por isso que a sua forma de organização não