O Estado na Logosfera, Grafosfera e Videosfera
LOGOSFERA – No período entendido entre o surgimento da escrita e o advento da imprensa, as formas de dominação se pautavam no ícone inatingível. Às figuras do chefes das sociedades ocidentais era atribuídos “poderes” (mais como concessões) divinas que justificariam suas posições. Esse é o período com o maior distanciamento do público com os ícones, pois estes estariam, em última instância, todos ligados à Deus.
A circulação de informação oficial se dá pela metáfora do show. O representante e possuidor único (dentro do contexto) do conhecimento discursa para uma platéia.
GRAFOSFERA (M. A.) – O advento da imprensa coincide com a decadência de Deus e a ascenção da Razão bem como do Homem. Começam a surgir os primeiros Estados e a lei abraça os valores de universalidade sustentados pelas capacidades da imprensa.
A queda dos ícones divinos dá lugar aos símbolos gráficos representando o Estado, a corte e os reis por exemplo. Mais tarde surgindo a encarnação pessoal, e o culto ao heroi, e não só simbólica.
GRAFOSFERA (R.) – Os impressos continuam sendo predominante de propagação da informação, porém com o declíneo dos monarcas a sociedade da Razão irá se autogovernar. Para evitar a desordem, a educação do povo para que possa se autogovernar é necessária.
A lógica social se volta para a ciência e o desenvolvimento do homem enquanto indivíduo. É a época auge do magistério como figura quase teológica. Os governante agora são Mestres e o discurso de ordem e progresso é comum.
VIDEOSFERA – Com o advento do meios eletrônicos massivos de comunicação, essa é a era do espetáculo. A informação vem de todos os lados e tudo passa a ser escola deformando a antiga instituição e acarretando em sua decadência. A educação não é mais a salvação, mas mera obrigatoriedade, em muito, mercadológica.
O retorno ao pessoal sustena a lógica da máxima exposição e vice-versa. O público é o telespectador e passa a ser tratado como moeda