O educador vida e morte
O que move a autora a desenvolver o artigo é a morte do educador. Segundo Marilena Chauí, a educação é uma arte, e sua inscrição atual faz com que ela morra aos poucos com a morte do educador.
No âmbito da história a educação nasce como uma arte, uma arte que já estava lá e pedia para nascer, fazer as pessoas saberem o que elas já sabiam, foi demonstrado através de três correntes da filosofia por intermédio de Hegel, Platão e Rousseau.
A educação é uma condição social, um problema social e que se resolve com a transformação do homem. Essa transformação ocorreu com Platão, através da morte de seu educador e mestre, Sócrates. Os ensinamentos de Sócrates eram fundamentados em diálogos, levando o indivíduo a refletir como sujeito no espaço que estava inserido e os ensinamentos recebidos por Platão o levaram a educar a si próprio e começar a educar os outros. Para Platão era necessário excluir os “pedagogos” de sua época que justificavam a arte de ensinar, ou seja, educavam de acordo com seus pensamentos.
Para Rousseau o pedagogo tinha papel fundamental na arte de ensinar, a “olhar ao longe” , levar o homem a descobrir que poderia fazer sozinho todo o caminho feita pela humanidade, sem contudo, corromper-se. Através de Emílio, Rousseau afirma que o homem nasce bom, porém é corrompido pelo meio em que vive.
Contrariamente a Rousseau, Hegel pensa na formação cultural do indivíduo que consiste num processo de amadurecimento pelo qual cada um atravessa toda a história de sua cultura e faz parte dela.
A morte de Sócrates, leva Platão, Rousseau e Hegel a criarem um vínculo entre a filosofia e pedagogia, pois na relação pedagógica , a pedagogia é um modo de condução, e o diálogo é a base que se estabelece, mesmo quando a palavra é dividida ou partilhada, com o “morto”. Retomar a filosofia e pedagogia como uma arte que envolve a relação com o diálogo, é admitir que no final do processo educativo , não