O difícil processo de regularmentação

O DIFÍCIL PROCESSO DE REGULAMENTAÇÃO
A crise do modelo fordista cede lugar ao chamado "pós-fordismo". Este se caracteriza por produção fragmentada; por empresas de pequenas dimensões; especialização flexível; etc. O pós-fordismo localizou, alimentou e se serve dos fluxos imigratórios.
O crescente aumento do terciário precisa ser visto também num cenário de necessidade de redução de custo da mão-de-obra. A informalidade no terceiro setor possui grande ligação com a imigração e precarização da força de trabalho. A irregularidade do imigrante favorece a sua inserção no espaço informal. Com isso, há uma retroalimentação do modelo flexível da organização da produção, da comercialização e dos serviços.
Nessa dimensão, causa e efeito se alimentam e se consolidam. Esse processo não é unívoco; há um conjunto de fatores, de articulação territorial do fenômeno, das várias formas como a informalidade se apresenta, entre outras.
Opiniões de italianos sobre a imigração no país atestam que, de dez italianos, oito acreditam que o governo deveria limitar o número de trabalhadores estrangeiros. Pesquisas revelam que grande parte dos entrevistados não considera a imigração como um elemento importante de confronto cultural.
Há uma grande tendência de localização do imigrante no setor terciário e em atividades de baixo prestígio social. Neste setor não há tanta relutância em aceitar o imigrante ou em considerá-lo de utilidade, pois julga-se que os processos de concorrência com autóctones sejam mais reduzidos, porém a ressalva é clara: desde que esteja in regola.
A imigração é encorajada por uma mão invisível pelas empresas que colocam prazerosamente imigrantes em numerosos postos de trabalho disponível e não prazerosos. Os imigrados trabalham mais, todos trabalhar, não permanecem jamais na mendicância, e, pelo fato de serem jovens e hábeis, não têm tanto necessidade de médicos. Resumindo: eles custam pouco e eles dão lucro.
Zamagni ressalva o fato de que a imigração é uma forma de