O Diagrama de Mead-Swan

Equilíbrio Interno e Externo - o Diagrama de Meade-Swan
( Um quadro de referência para a análise de políticas econômicas)

O modelo que vamos introduzir vai nos permitir determinar a taxa real de câmbio de um país através das condições para a determinação do equilíbrio externo (conta corrente) e equilíbrio interno (pleno emprego). Para tal, é importante ter em mente a distinção entre taxa nominal e real de câmbio. Enquanto a taxa nominal de câmbio refere-se ao preço de troca entre duas moedas (R$ 1,80 por US$ 1, por exemplo), a taxa de câmbio real refere-se ao preço relativo de cestas de bens similares entre dois países. Para simplificar, o preço relativo em que estamos interessados é aquele representado pelo salário relativo, expresso numa única moeda (o dólar, por exemplo). Essa simplificação, que parte do pressuposto de que a mobilidade internacional de capitais é elevada – caso em que a remuneração do capital, ajustada para o risco, é a mesma em todos os países – nos permite focar o modelo no mercado de trabalho.
Desse modo, a taxa de câmbio real de equilíbrio é definida como aquela que resulta num equilíbrio tanto no mercado de trabalho como no balanço em conta corrente.
Vamos supor que queremos desenhar, num gráfico, uma curva que represente o equilíbrio externo. No eixo horizontal plotamos a demanda agregada do país ( ), enquanto no eixo vertical, plotamos nossa medida de câmbio real ou “competitividade”, definida como a relação câmbio/salário e escrita como: .

Suponhamos que o ponto “a” seja um ponto de equilíbrio externo. Se, a partir desse ponto aumentamos a “competitividade”, mantendo a demanda agregada constante, obtemos um superavit em conta corrente. O setor externo se tornou mais competitivo e, portanto, as exportações aumentam. Além disso, os preços dos produtos importados aumentam, reduzindo a demanda de importações, melhorando, também por esse lado, as contas externas. De outro lado, se a partir do ponto “a” aumentamos a demanda