O Diabo Veste Prada - Análise marxista sobre o filme

“O Diabo Veste Prada” à luz da teoria marxista

Características da sociedade que representa - “O Diabo Veste Prada”

O filme retrata uma sociedade altamente competitiva e dominada pela classe dominante, a que detêm o poder financeiro. Uma moça, Andrea, que acaba de se formar em Jornalismo não exerce a sua profissão como gostaria, por não tem contato com aqueles que dominam a mídia, e é obrigada a se submeter a um cargo temporário - muito desejado por muitas mulheres - para que seu nome enfim tenha boas referências e ela possa trabalhar em um Jornal. O cargo de assistente da editora-chefe da revista de moda Runnaway funcionaria como uma porta para que ela consiga colocar o seu nome no mercado da comunicação. No entanto, ela nem sequer exerce um trabalho condizente com a sua formação, pois vira uma espécie de secretária de sua chefe, Miranda Prisley, que a explora, ordena que ela faça muitas tarefas inusitadas, que muitas vezes nem são profissionais, e desrespeita até mesmo os seus momentos de folga.
Percebe-se a ideia de alienação no fato dos trabalhadores não dominarem os resultados de seus trabalhos, e não serem livres para poder exercê-los. Eles têm, ao contrário que se subordinar ao sistema, uma vez que não têm a propriedade dos meios de produção, que caso seria a mídia e os veículos de comunicação. Os assalariados ainda perderam o controle do produto de seu trabalho, que apenas atendem os interesses da classe dominante, a burguesia detentora da propriedade das revistas da mídia. A alienação politica pode ser percebida pelo fato do Estado não conceder os direitos à produção midiática aos trabalhadores qualificados, formados na área de comunicação, mas sim àqueles que conseguem herdar tais direitos. Claramente, o Estado representa apenas a classe dominante. Por fim, há alienação no nível cultural, pois quase não há senso crítico por parte das mulheres que ocupam – ou almejam - o cargo de assistente da editora-chefe na revista de moda. Não se importem