o determinismo biológico
Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. Segundo Felix Keesing, “não existe correlação significativas entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o inicio em situação conveniente de aprendizado”. Em outras palavras, se transportarmos para o Brasil, logo após o seu nascimento, uma criança sueca e a colocarmos sob os cuidados de uma família sertaneja, ela crescera como tal e não se diferenciara mentalmente em nada de seus irmãos de criação, sendo assim o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturaçao. Um menino e uma menina agem diferente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.
O DETERMINISMO GEOGRÁFICO:
O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural. Estas teorias, que foram criadas por geógrafos no final do século XIX e no inicio do século XX ganharam uma grande popularidade mas a partir de 1920 antropólogos como Boas, Wissler, Kroeber, entre outros refutaram esse tipo de determinismo e demonstraram que existe uma limitação na influencia geográfica sobre os fatores culturais. E mais: que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico. Não é possível admitir a ideia do determinismo geográfico. ou seja, a admissão da “ação mecânica das forças naturais sobre uma humanidade puramente receptiva”. A “cultura age seletivamente”, e não casualmente, sobre seu meio ambiente, “explorando determinadas possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na própria cultura e na historia da cultura”. Portanto, não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são impostos pelo