Determinismo biologico
O determinismo biológico, vem de teorias antigas e persistentes que atribuem capacidades específicas e inatas à raças ou grupos humanos. Dizer que todo alemão tem habilidade para mecânica, é um claro exemplo de determinismo biológico. Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. Uma criança que nasce no Japão, mas logo após ao nascimento é trazida para o Brasil e for criada por uma família que mora no campo, tomará para si a cultura do meio em que foi criado, não se diferenciando mentalmente dos seus irmãos de criação. O texto de Laraia (1986) apresenta partes de uma declaração construída em Paris no ano de 1950, por antropólogos físicos e culturais, geneticistas e biólogos, entre outros especialistas, na qual afirmaram: “(...)10. Os dados científicos de que dispomos atualmente não confirmam a teoria segundo a qual as diferenças genéticas hereditárias constituiriam um fator de importância primordial entre as causas das diferenças que se manifestam entre as culturas e as obras das civilizações dos diversos povos ou grupos étnicos. Eles nos informam, pelo contrário, que essas diferenças se explicam, antes de tudo, pela história cultural de cada grupo. Os fatores que tiveram um papel preponderante na evolução do homem são a sua faculdade de aprender e a sua plasticidade.
15.b) No estado atual de nossos conhecimentos, não foi ainda provada a validade da tese segundo a qual os grupos humanos diferem uns dos outros pelos traços psicologicamente inatos, que se trate de inteligência ou temperamento. As pesquisas científicas revelam que o nível das aptidões mentais é quase o mesmo em todos os grupos étnicos.(...)” Devemos considerar que existem diferenças anatômicas e fisiológicas na espécie humana que diz respeito à formação sexual, entretanto é incorreto afirmar que o comportamento apresentado por homens e mulheres, seja determinado biologicamente, pois