O Desenho Urbano e Arquitetônico de Brasília

O Desenho Urbano e Arquitetônico de Brasília

Não há quem não se encante: todos se surpreendem com a arquitetura e projeto urbanístico realizados por uma equipe de arquitetos e urbanistas chefiados por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Essa história teve início em 1956, quando Juscelino Kubistchek tomou posse como presidente da então República Federativa do Brasil. JK convocou o amigo, Oscar, para chefiar o Departamento de Urbanística e Arquitetura e organizar um concurso para escolha do projeto urbano da cidade. Lúcio Costa, arquiteto e urbanista, foi escolhido por apresentar justaposição entre técnica rodoviária e urbanismo, mas sempre sustentando a qualidade plástica da arquitetura.

Em apenas alguns traços, Niemeyer já mostrou a harmonia e a beleza que os prédios de Brasília teriam. A inovação de formas sensuais inspiradas nas curvas das mulheres e a junção de concreto e vidro nas obras do arquiteto se tornaram marcas da Nova Capital. O próprio Oscar disse: "Nem meus amigos, que me ajudaram muito, como o JK, entendiam. As pessoas viam os projetos e diziam: 'Que bonito!' Mas não estavam entendendo nada."
A cidade-monumento, com formato de uma ave com asas abertas, impulsionou o design gráfico e inaugurou no Brasil o movimento do Construtivismo, surgido na primeira metade do século 20.

Até a forma como dividiram Brasília tem um quê poético; quatro escalas: monumental, residencial, gregária e bucólica. Essa divisão é o que dá sentido à cidade, segundo Lúcio Costa.
“A escala residencial ou quotidiana... a dita escala monumental, em que o homem adquire dimensão coletiva; a expressão urbanística desse novo conceito de nobreza... Finalmente a escala gregária, onde as dimensões e o espaço são deliberadamente reduzidos e concentrados a fim de criar clima propício ao agrupamento... Poderemos ainda acrescentar mais uma quarta escala, a escala bucólica das áreas abertas destinadas a fins-de-semana lacustres ou campestres”, explicou.

Embora se credite o êxito do