O desenho no Renascimento
O Renascimento (séc. XV) foi uma época de afirmação da técnica e do rigor formal na Arte, que através do surgimento da perspectiva tornou possível um olhar novo sobre as produções artísticas, que buscavam reproduzir o mais fielmente possível a realidade. Diferente das obras da Idade Média, agora se podia experimentar a sensação de profundidade nos quadros.
O estudo das técnicas de desenho foi largamente difundido, a popularização do papel tornava tudo mais acessível àqueles que buscavam conhecimento no campo das artes. O desenho nessa época era considerado uma virtude básica, para os que desejavam se expressar artisticamente, e meio fundamental para se finalizar uma obra com qualidade.
Grandes mestres foram também exímios desenhistas, que através do seu conhecimento da anatomia humana, podiam imprimir um grau de realismo e fidedignidade aos seus trabalhos, tornando-os mais expressivos e belos. Artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael Sânzio, Albrecht Dürer, Rembrandt, Filippo Brunelleschi, arquiteto a qual se atribui a técnica da perspectiva com ponto de fuga, são alguns nomes da época.
Para ilustrar o cenário das técnicas de desenho usadas no Renascimento, serão mostrados os trabalhos de alguns dos grandes nomes da Arte Renascentista, aqueles que por seu caráter inovador e apuro formal, aliados a um estilo e poética inconfundíveis, tornaram-se ícones de um período admirável, considerada por alguns críticos como a era de ouro das Artes Visuais. Leonardo da Vinci, e seus vários estudos; Rafael Sânzio, conhecido por suas Madonas; Albretch Dürer e suas xilogravuras, e Michelângelo, autor dos afrescos da cúpula da Capela Sistina.
LEONARDO DA VINCI
Gênio das Artes, perito em vários ofícios, era pintor, escultor, inventor e cientista, entre outras ocupações. Seus desenhos demonstram técnica apurada, e rigor científico. Usava o giz de cor, a pena, o pincel, a ponta metálica, a sanguínea, e o giz escuro. Com a sanguínea