O DESENHO URBANO NO RENASCIMENTO E NO BARROCO
O Renascimento estabeleceu um quadro intelectual de mudança e oposição ao misticismo medieval, assumindo um novo estilo na pintura, na escultura, na arquitectura e no urbanismo. Do século XV em diante, o desenho de arquitectura, as teorias estéticas e os princípios de urbanismo irão obedecer a ideias semelhantes – sendo a principal o desejo de ordem e disciplina geométrica. A arquitectura absorve primeiro as novas ideias nas realizações, enquanto o urbanismo se desenvolve apenas em termos teóricos, desde a concepção da cidade ideal aos tratados de arquitectura e desenho de cidades. A urbanística renascentista vai de início manifestar-se em alguns campos específicos: construção de sistemas de fortificações, modificação de zonas da cidade com a criação de espaços públicos ou praças e arruamentos rectilíneos, reestruturação de cidades pelo rasgamento de uma nova rede viária e construção de novos bairros e expansões urbanas. As fortificações: As estratégias de defesa vão apoiar-se em muralhas e na distância entre o sistema de fortificações. Assim se criaram complexos sistemas de fossos, rampas, baluartes e muralhas, estes sistemas assumem uma grande importância física e visual.
A rua: A rua renascentista será um percurso rectilíneo que mantém a função de acesso aos edifícios, mas será, pela primeira vez, eixo de perspectiva, traço de união e de valorização entre elementos urbanos, deixa de ser apenas um percurso funcional, para se tornar visual decorativo e de aparato.
O traçado recticular: A quadrícula continua a servir as necessidades distributivas, de organização habitacional e divisão cadastral, adapta-se na perfeição ao ideal renascentista de uniformização estética e disciplina racional do espaço e permite a hierarquização das diferentes ruas.
A praça: A praça é entendida como um recinto ou lugar especial, é o lugar público, onde se concentram os principais edifícios e monumentos. A praça adquire valor