O corvo versus A máscara da morte rubra de Edgar Allan Poe
Logo no início do filme O corvo é citado o conto de Edgar Allan Poe, e quem leu ja o identifica. Pois fala do baile das máscaras, da aparência física do ser- que podemos considerar a “morte” no conto; fala também do relógio, quando bate a meia noite a figura alta, lívida, envolvida da cabeça aos pés em mortalhas tumulares, como um cadáver ou esqueleto chega ao salão, com sua máscara da morte, e mata o anfitrião do baile, que no filme é o Capitão Hampton e, logo após, todos os que ali se encontram.
Depois do conto ser citado, vem a “prática”. É muito rápida a abordagem do conto no filme. A peste da morte rubra não é citada e nem ocorre no filme. O baile acontece, com grupo musical e todos de máscaras, porém o salão nao contém sete salas como no conto, é um salão de festas normal. O dono da festa não é um príncipe como no conto e sim um Capitão.
O relógio aparece, mas nao como no conto, que a cada badalada é cada vez mais amedrontador a todos os convidados, que os faz tremer de medo. O relógio só da sinal uma vez, que é a meia noite, e ninguém “morre” de medo. Nessa hora, ao invés de aparecer a figura assustadora da morte, ninguém aparece, ninguém morre. O que acontece no filme é o sequestro da filha do Capitão. A festa termina assim, e a abordagem do conto no filme também.
Todos os contos sao abordados muito rápidamente no filme, cada um tem seu pequeno espaço nas cenas. Quem leu os contos e viu o filme deve perceber a grande diferença dos contos pra cada cena do filme em que é abordado. É evidente que digo isso, mais para o meu conto, do que para os outros. Pois não li os outros contos, então não posso dizer que o filme não foi fiel com eles.
Por fim, o filme foi muito infiel para com o conto, tornando-o chato para quem nunca o leu, apenas viu o filme.
Biografia Edgar Allan Poe X Narrativa do filme
A narrativa do filme quanto a biografia de Poe é bem fiel a real, considerando o que foi dito no filme. O começo de sua