O CORPO E A GESTAÇÃO DE UM NOVO ARQUÉTIPO DE FELICIDADE

O CORPO E A GESTAÇÃO DE UM NOVO ARQUÉTIPO DE FELICIDADE
Essa expressão, arquétipo de felicidade, quer destacar, o afastamento dos ideais de justiça, igualdade e fraternidade, em função de um predomínio de um ideal de felicidade que é individualista.

Atualmente, as pesquisas das ciências biomédicas têm trabalhado no sentido de projetar o corpo perfeito para uma saúde perfeita. Influenciados pela ideia de Nietzche e da desejada “grande saúde” para o seu Zaratustra (Livro de Nietzche, que influenciou o mundo moderno, o livro narra as andanças e ensinamentos de um filósofo, que se autonomeou por Zaratustra). Para ele, o “super-homem” do futuro caberia uma nova terra que seria explorada de maneira alegre e audaz, o que caberia ao “super-homem” das ciências a eterna busca por esse ideal, que parece ser um novo arquétipo da felicidade humana.
Na modernidade, inaugura-se o princípio ontológico da percepção da existência do indivíduo no interior de seu funcionamento corporal: a valorização da dimensão corporal existia e era secundária às várias utopias identificadas no início desse período.
Na fase atual, a comunicação torna-se a ferramenta mais importante do processo de globalização, identificando o surgimento de uma nova utopia, centrada no corpo, na saúde em aliança com a beleza. As informações sobre problemas de saúde e as formas de se chegar à aparência de beleza circulam pelo mundo, por diferentes culturas, através dos meios de comunicação de massa.
O corpo se encontra no centro dessa nova utopia, os esforços em torno desse ideal são justificados pela sua identificação com um novo arquétipo da felicidade humana. A passagem para esse novo universo dá-se por meio da tecnologia que investe profundamente nas questões do corpo, identificada com o progresso e a serviço do mercado, que se expande ilimitadamente.

AS APARÊNCIAS E A REIFICAÇÃO: O SIMBOLISMO DA MERCADORIA

O interesse que despertam os temas sobre saúde e beleza parece estar vinculado a duas ordens