o copor diante da medicina
A experiência da anestesia banalizou-se no século XX. Com o uso de anestesias, não se anulava o risco de acontecer qualquer erro operatório e causar até a morte do indivíduo, ocorre uma morte a cada 8.000 intervenções, fato que justifica o risco.
Os cirurgiões esqueciam os riscos e tendiam durante muito tempo a minimizar ou até a esquecer a dor de seus pacientes. Em 1847, assim se expremia Magendie: ‘’A dor tem sempre uma utilidade. Que aconteceria à mulher em trabalho de parto, se lhe fossem suspensas as dores necessárias para levar o parto a bom termo? ‘’
A prática obstétrica não mudou muito até meados do século XX, so houve mudanças quando foi criado o método do parto sem dor, que desassociou a dor com a maternidade. Esse método foi concebido com base em um treinamento psicopedagógico que leva a mulher conceituar e dominar o seu sofrimento sem a ajuda de medicamentos. Foi lançado com na antiga União Soviética, o método se inspirava nos trabalhos de Ivan Pavlov.
Ao longo das duas últimas décadas, a anestesia peridual, que já se conhecia álias, desde a Primeira Guerra, foi ulitizada para dissipar as dores ligadas à expulsão do recém-nascido. Consiste em injetar um anestésico no líquido céfalo-raquidiano, provocando a insensibilização eletiva da parte inferior do corpo. Com essa ação, surgiram vários debates sobre a legitimidade de uma intervenção que visa exclusivamente a dor. Hoje se difundiu a tal ponto que aparece como um parto ‘’moderno’’, mesmo que algumas parturientes proclamem o seu apego ao tradicional modo heróico.
No decorrer dos últimos vinte anos, o tratamento da dor foi objeto de um ensino na faculdade. Centros especializados nas dores rebeldes propõem uma gama de tratamentos que